UMA CARTA DE DOM PEDRO I
AO SEU ÓRGÃO CARDÍACO.
Coração que bombeaste em meu corpo,
Que intencionaste se não liberdade?
Que pressão suportara tuas veias,
Tuas câmaras, válvulas, artérias?
Que pressão tu, encerrado em meu peito
Suportaste, músculo destemido,
Quando lá atrás, há duzentos anos,
Clamei, pela nação, independência?
Neste vítreo féretro em que hoje jazes
Perdeste a carne que um dia abrigaste,
Porém, não a tua imortalidade.
Ó nobre, submerso em formaldeído,
Todo este meu anseio à liberdade
Permanece a cinco chaves contigo.
* em homenagem aos 200 anos da independência
do Brasil.
Márcio Castilho
e-mail: marciocastilho74@outlook.com
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