Sempre fui uma menina muito traquina. Queria sempre bulir em tudo o que
me despertava curiosidade. Certa vez em “Ipiau”, cidade do interior da Bahia,
onde eu aos onze anos de idade, morava com a minha mãe, numa casa onde havia um
enorme quintal, tão grande que parecia não ter fim mas terminava dando em uma
olaria, (enorme galpão onde se fabricam telhas e tijolos).Quando passei por ali,
dei de cara com um monte de telhas moles, de barro ainda cru, espalhadas pelo
chão para serem ainda levadas ao forno. Estavam todas colocadas em longas filas
bem arrumadas, todas na mesma direção.
Fiquei encantada! Logo de imediato, me deu uma vontade doida de pisar em todas, uma de cada vez...e foi o que fiz. Ia e voltava, pisando e repisando em todas! A sensação era indescritível, boa demais! Naquele momento eu não imaginava estar prejudicando alguém. Só queria saber do prazer, do contentamento que aquilo me proporcionava. Mas, como nada é de graça mesmo, o dono da olaria acabou descobrindo a minha identidade e minha travessura também!.
O homem foi em minha casa, falou com a minha mãe e eu não consegui negar, até porque ela me levou de volta à olaria, e mandou que eu andasse sobre as telhas para conferir a marca dos meus pés, não havia dúvida alguma! Pronto! E agora?
Fiquei encantada! Logo de imediato, me deu uma vontade doida de pisar em todas, uma de cada vez...e foi o que fiz. Ia e voltava, pisando e repisando em todas! A sensação era indescritível, boa demais! Naquele momento eu não imaginava estar prejudicando alguém. Só queria saber do prazer, do contentamento que aquilo me proporcionava. Mas, como nada é de graça mesmo, o dono da olaria acabou descobrindo a minha identidade e minha travessura também!.
O homem foi em minha casa, falou com a minha mãe e eu não consegui negar, até porque ela me levou de volta à olaria, e mandou que eu andasse sobre as telhas para conferir a marca dos meus pés, não havia dúvida alguma! Pronto! E agora?
Meu DEUS! Qual seria o castigo?
Minha mãe pagou o prejuízo e fomos para casa, ela me segurando pelos cabelos. Levei 12 bolos de palmatória em cada mão, ainda ficando a manhã toda ajoelhada em grãos de milho. Eu chorava como uma desvalida! Doía tudo;mãos, joelhos e braços. Hoje, passados muitos anos, sei que fui errada.
Mas, se eu encontrasse de novo uma olaria, com aquelas telhas moles... Sei não!...Acho que pisaria em todas as telhas novamente, nem que tivesse que pagar o prejuízo, tamanha é a sensação de prazer daquele momento.
AI, QUE SAUDADE! TEMPO BOM QUE NÃO VOLTA MAIS!!
Minha mãe pagou o prejuízo e fomos para casa, ela me segurando pelos cabelos. Levei 12 bolos de palmatória em cada mão, ainda ficando a manhã toda ajoelhada em grãos de milho. Eu chorava como uma desvalida! Doía tudo;mãos, joelhos e braços. Hoje, passados muitos anos, sei que fui errada.
Mas, se eu encontrasse de novo uma olaria, com aquelas telhas moles... Sei não!...Acho que pisaria em todas as telhas novamente, nem que tivesse que pagar o prejuízo, tamanha é a sensação de prazer daquele momento.
AI, QUE SAUDADE! TEMPO BOM QUE NÃO VOLTA MAIS!!
autora Lucia Mariniello
NOTA: A autora optou pela liberação de sua identidade!
Adorei te ler e realmente lembrar, relembrar coisas assim ,dá saudades! bjs, chica
ResponderExcluirObrigada,querida amiga!
ExcluirSe puder, ajude-me a divulgar essa coluna do leitor ,Fabricando Sonhos!
Bjos
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluircada um com suas manias.....kkkkk e diversões!!!!!
Amigo poeta, o importante é se divertir!
bjos!